talvez o outro fosse. Talvez um viajasse, talvez outro fugisse. Talvez trocassem cartas, telefonemas noturnos, dominicais, cristais e contas por sedex (...) talvez ficassem curados, ao mesmo tempo ou não. Talvez algum partisse, outro ficasse. Talvez um perdesse peso, o outro ficasse cego. Talvez não se vissem nunca mais, com olhos daqui pelo menos, talvez enlouquecessem de amor e mudassem um para a cidade do outro, ou viajassem junto para Paris (...) talvez um se matasse, o outro negativas. Seqüestrados por um OVNI, mortos por bala perdida, quem sabe. Talvez tudo, talvez nada.
(Caio Fernando Abreu)
3/30/2008
3/23/2008
- Você tem um cigarro?
- Estou tentando parar de fumar.
- Eu também.
- Mas queria ter uma coisa nas mãos agora.
- Você tem uma coisa nas mãos agora.
- Eu?
- Eu.
- Eu também.
- Mas queria ter uma coisa nas mãos agora.
- Você tem uma coisa nas mãos agora.
- Eu?
- Eu.
3/05/2008
Dois ponto Zero.
Não. Nem prozac, gardenal, nada disso. Pede pra que parem o mundo porque você precisa descer. Deixa lá: Contas de matemática, o curto orçamento, o atraso da amada, a topada do dedão. Respira... toma um copo d'agua, escreve uma carta (ou um e-mail, também pode ser), cortar o cabelo pode ser uma boa também. Visual novo é tudo. Entre uma coisa e outra, pense. Peça parada e volte pro seu mundinho corrido.
Sim. Nos acostumamos a correr na vida. De tanto correr esquecemos o gosto da água, do olho no olho, de usar a memória ("Fulano, você sabe qual a roupa que eu estava usando ontem?"). Nos acostumamos a correr e a achar que estamos atrasados.No mundo da tecnologia, os humanos também entra em curto e tem hora que é preciso agir com mais humano do que nunca. Que o fim do ano está chegando e que pouco se fez. Seja lá os motivos de não ter feito não adianta dar pití. Reinveste-se. Pega aquela lata velha que você chamava de objetivo e conceda-lhe um novo jeitão.
Desesperar não dá em nada. Mas é inevitável. Quando menos se espera, chega a tormenta. Invariavelmente muda tudo de lugar. Invariavelmente, o sujeito ganha uma nova versão.
p.s: texto antigo, mas relendo resolvi ressucitá-lo para não deixar o blog as traças.
Sim. Nos acostumamos a correr na vida. De tanto correr esquecemos o gosto da água, do olho no olho, de usar a memória ("Fulano, você sabe qual a roupa que eu estava usando ontem?"). Nos acostumamos a correr e a achar que estamos atrasados.No mundo da tecnologia, os humanos também entra em curto e tem hora que é preciso agir com mais humano do que nunca. Que o fim do ano está chegando e que pouco se fez. Seja lá os motivos de não ter feito não adianta dar pití. Reinveste-se. Pega aquela lata velha que você chamava de objetivo e conceda-lhe um novo jeitão.
Desesperar não dá em nada. Mas é inevitável. Quando menos se espera, chega a tormenta. Invariavelmente muda tudo de lugar. Invariavelmente, o sujeito ganha uma nova versão.
p.s: texto antigo, mas relendo resolvi ressucitá-lo para não deixar o blog as traças.
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